O candidato da CDU Pedro Guerreiro assinalou, em Santarém, o Dia Mundial da Criança, lembrando que esta data não pode ser esquecida quando, segundo a UNICEF, cerca de 600 milhões de crianças vivem com menos de 1 dólar por dia. Mesmo nos países mais ricos, lembra, uma em cada cinco crianças vivem abaixo do limiar de pobreza e 30 por cento das crianças com menos de 5 anos encontram-se subnutridas.
Para o candidato comunista, «é logo na gestação que a realidade da desigualdade e da injustiça faz a sua primeira apresentação». Em Portugal não é diferente, assegura. O acesso à saúde, a uma gravidez saudável e desejada, é posto em causa com os ataques ao Sistema Nacional de Saúde e à sua universalidade. A ausência de educação sexual e de um efectivo planeamento familiar, a par da criminalização da interrupção voluntária da gravidez assistida em estabelecimento público, em Portugal serão responsáveis, assegura, pela mais elevada incidência de gravidezes na adolescência da União Europeia a Quinze.
Recordando que nos 18 anos desde a adesão de Portugal à UE não se atenuaram estas injustiças, Pedro Guerreiro recordou que PSD, PP e PS são os defensores dessa política, como provam as recentes declarações dos candidatos dessas forças, defendendo o Pacto de Estabilidade e uma política que tem como maior preocupação a redução das despesas do Estado.